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sábado, setembro 25, 2010

Como temperar o aço!

Como temperar o aço

Lynell Waterman conta a história do ferreiro que, depois de uma juventude cheia de excessos, decidiu entregar sua alma a Deus. Durante muitos anos, trabalhou com afinco, praticou a caridade, mas, apesar de toda a
sua dedicação, nada parecia dar certo em sua vida.
Muito pelo contrário: seus problemas e dívidas acumulavam-se cada vez mais.
Uma bela tarde, um amigo que o visitava - e que se compadecia de sua situação difícil - comentou:
É realmente muito estranho que, justamente depois que você resolveu
se tornar um homem temente a Deus, sua vida começou a piorar. Eu não desejo enfraquecer sua fé, mas, apesar de toda asua crença no mundo espiritual, nada tem melhorado.
O ferreiro não respondeu imediatamente: ele já havia pensado nisso
muitas vezes, sem entender o que acontecia em sua vida.
Entretanto, como não queria deixar o amigo sem resposta, começou a falar - e terminou encontrando a explicação que procurava.
Eis o que disse o ferreiro:
Eu recebo nesta oficina o aço ainda não-trabalhado e preciso transformá-lo em espadas.
Você sabe como isso é feito?
Primeiro, eu aqueço a chapa de aço num calor infernal, até que ela fique vermelha. Em seguida, sem qualquer piedade, eu pego o martelo mais pesado e aplico vários
golpes, até que a peça adquira a forma desejada. Logo ela é mergulhada num balde de água fria, e a oficina inteira se enche com o barulho do vapor, enquanto
a peça estala e grita por causa da súbita mudança de temperatura.
Tenho que repetir este processo até conseguir a espada perfeita: uma vez apenas não é suficiente.
O ferreiro fez uma longa pausa e continuou:
Às vezes, o aço que chega às minhas mãos não consegue agüentar este tratamento. O calor, as marteladas e a água fria terminam por enchê-lo de rachaduras. E eu sei que jamais se transformará numa boa lâmina de espada.
Então, eu simplesmente o coloco no monte de ferro-velho que você viu
na entrada da minha ferraria.
Mais uma pausa, e o ferreiro concluiu:
Sei que Deus está me colocando no fogo das aflições. Tenho aceito as marteladas que a vida me dá e às vezes sinto-me tão frio e insensível como a água que faz sofrer o aço. Mas a única coisa que peço é:
"Meu Deus, não desista, até que eu consiga tomar a forma que o Senhor espera de mim.
Tente da maneira que achar melhor, pelo tempo que quiser - mas jamais me
coloque no monte de ferro-velho das almas."

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